quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Temos algo em comum?

Estive pensando sobre filhos, sobre pais, sobre quem somos. Somos realmente parte uns dos outros. Acho que não pensamos muito a respeito quando somos filhos. As coisas parecem bem naturais, e não haveria de ser diferente, mas quando nos tornamos pais é que percebemos com clareza o poder que temos de viver um pouco mais através dos nossos filhos.
Eles, literalmente, são um pedaço de nós, um pedacinho moldável, cheio de potencial, em quem colocamos muitas expectativas.
Esperamos sempre o melhor para este novo ser, este novo EU, que não sou eu, que se formou de um pequeníssimo pedaço meu, mais o pequeníssimo pedaço de outro.
Outro dia ri sozinha quando a ouvi dizer “mãe”. Grande coisa, já ouvi isso algumas milhares de vezes desde que ela aprendera a falar, e mesmo assim, eu ri, e por um segundo pensei nela, e no que é ter um filho.
Ser pai é finalmente acreditar na vida, na continuidade, e ver nos nosso filhos muitas ações, atitudes, vício e virtudes que vemos em nós mesmos.
O que não gostávamos em nossos pais, esforçamo-nos para que não se cristalize na gente, e por mais que combatamos, sempre carregamos algo deles conosco. Coisas boas e ruins, por vezes escondidas da nossa consciência, na tentativa de negar que carregamos o que mais odiávamos neles.
Um dia as crianças também tentarão se livrar das “amarras” que colocamos nelas sem qualquer má intenção.
Bons pais não têm más intenções para com seus filhos, têm somente amor, e um enorme medo de falhar.

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